O livro mostra as melhores fotos das 34 etnias indígenas, fotografadas durante 32 anos pela fotógrafa, divididas em 4 regiões do Brasil e acompanhou a exposição fotográfica de mesmo nome (veja abaixo).
Os textos são da antropóloga Camila Gauditano e da curadora de fotografia Angela Magalhães, do Rio de Janeiro Eles oferecem informações essenciais sobre o trabalho de Rosa e a condição indígena atual.
Capa dura, 21,5cm x 21,5cm, com 80 páginas, 4 cores, foi distribuído gratuitamente para bibliotecas, escolas públicas e particulares de São Paulo e escolas indígenas.
Tiragem de 2.000 exemplares, Editora Studio R, 2011, edição esgotada.
“Dependendo da região, não há mais pássaros e por isso os enfeites são feitos com fios de lã, em vez de penas”, conta Rosa. Isso explica, em parte, a espontaneidade capturada pelas imagens. Diante de sua lente, os índios não se sentem constrangidos. Rosa retrata a concentração do índio Waurá enquanto se pinta para o ritual do Quarup, no Xingu, e o deslumbramento da menina da mesma etnia que finalmente saiu da oca, após dois anos de reclusão, ao ver o próprio corpo sob a luz do sol. Ao lado de imagens como essas, que mostram costumes, estão os retratos dos protestos dos índios para conservar suas terras. Há, por exemplo, imagens da repressão da polícia militar à passeata dos 500 Anos do Descobrimento, em 2000, em Porto Seguro (BA), e da dança dos Krenak, de Minas Gerais, em frente à Assembléia Legislativa do Estado. Não escaparam ao olhar jornalístico da fotógrafa a manifestação da índígena Tuíra Kayapó (Pará) no Encontro de Altamira no Pará, contra a construção da Usina de Belo Monte e a moça Guarani Kaiowá que nasceu, cresceu e até hoje mora em um acampamento na beira da estrada em Mato Grosso. “Ela tem que atravessar a plantação de cana-de-açúcar que ocupa a terra tradicional Kaiowá, para buscar água e dar banho no seu bebê”, diz Rosa.